Fique atento aos itens que devem ser verificados na revisão

Você já deve ter ouvido aquela expressão “prevenir é melhor que remediar”. Esta é a máxima do âmbito automotivo e o que mais se houve de mecânicos e especialistas do ramo. A manutenção preventiva é sempre mais prudente e compensatória que a corretiva, a qual exige investimentos maiores e mais tempo de oficina: consequentemente, maior prejuízo e dor de cabeça ao proprietário.

O agravante da manutenção corretiva é que, quando algum componente apresenta problema, ele pode comprometer a integridade de todo o sistema. É o caso, por exemplo, de esticadores, tensores e correias que são responsáveis pelo funcionamento do motor. Quando estes param de funcionar, danificam seriamente o bloco, causando grande prejuízo.

Nas revisões, é fundamental atentar para a troca de filtros de ar, óleo, combustível e da cabine, este último responsável pela qualidade do ar no interior do caminhão e que é tão importante quanto os demais. Efetuar a substituição dos filtros no tempo correto é crucial: em muitos casos, o proprietário só se preocupa com este tipo de manutenção quando o veículo já dá sinais de problemas ou quando o prazo da troca já venceu.

Além dos filtros, observe sempre o estado de peças do sistema de injeção como velas, cabos e bicos injetores. Estes se degradam com o tempo e, quando apresentam problema, além de comprometer o desempenho do veículo e seu correto funcionamento, aumentam o consumo de combustível. Há casos, ainda, em que fazem o caminhão “morrer” em baixa rotação e parado.

Efetuar a troca dos pneus no tempo certo também é fundamental para a segurança do condutor e para a vida útil de algumas peças do veículo. Pneus em más condições acabam influenciando o desempenho de outros componentes como suspensão, tração, freios e até mesmo o consumo, pois, quanto maior o atrito com o solo, mais o veículo usa combustível para andar.

O primeiro sinal de que está na hora de comprar pneus novos é quando eles ficam carecas, ou seja, quando as barras indicadoras de desgaste (TWI), presentes entre os sulcos da borracha, chegam ao mesmo nível da banda de rodagem. Fique atento.

Por fim, nas revisões, atente-se para o estado geral do caminhão: suspensão, nível do óleo do câmbio, motor e freio e do líquido responsável pelo arrefecimento do motor, que nunca deve ser água mineralizada, como de torneiras, e sim água desmineralizada ou aditivos específicos.

Aqui cabe um parênteses: efetue a troca do óleo do motor e do filtro no tempo correto. Não negligencie esta manutenção preventiva, pois o prejuízo pode ser grande. O óleo do motor tem a incumbência de lubrificar as peças do bloco em funcionamento e contribuir para a vida útil do mesmo.

Óleo velho cuja validade já expirou ou que está em um nível abaixo do recomendado representa um grande risco ao motor. O mesmo vale para os óleos do câmbio e do freio que precisam estar em dia. Lembre-se de que o tripé da manutenção preventiva consiste em três sistemas cruciais do veículo: transmissão (câmbio), motor e suspensão.